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NIKETXE, A DANÇA DO CHÁ!

Estranho ném!!? Bem, muito antes de compartilharmos estes sabores vindos das sinfonias mergulhadas nas verdes alturas de Montes Namuli, de referir que caminhamos a passos largos para a realização da I Edição de Festival da Dança Niketxe. Muitas foram as perguntas que nos fizeram, tanto em conversas pessoais e nas redes sociais: ´´Que dança é? Nunca ouvi dizer! Donde ela é originária? Porquê escolheram o Gurúè como  anfitrião ? São legítimas as questões, por isso a resposta encontrada foi única e questionável: Niketxe é a dança do chá! Como se pode compreender, a resposta se baseia na teoria que define Niketxe  como uma dança tradicional que é praticada na zona norte da Zambézia, e era executada para exprimir sentimentos de sofrimento em relação ao trabalho forçado nas plantações de chá. Porque, segundo Renato Duarte (2006:01) na nota introdutória da sua dissertação, o chá em Moçambique é produzido desde 1914, no actual distrito de Milange, tendo mais tarde, na década 1930

EM BUSCA DA CULTURA, EM DEFESA DO PAÍS!

      Por: David F. Muaga *                        “O argumento da raça ou da tribo é um expediente fácil de usar, não precisa de manual de instruções e pode ter efeitos espectaculares” – in Mia Couto : “Os falsaportes”. Nos últimos tempos o debate público do dia-a-dia nacional centrou-se, grosso modo, no crescimento e desenvolvimento económico e na distribuição dos dividendos que poderão advir dos projectos de mineração e exploração petrolífera, assistindo-se debates românticos e apaixonados em vários holofotes e canais de opinião. Mas, existe um elemento que não se reveste de elevada complexidade conceitual e que na minha humilde opinião carece também de um debate fraterno na esfera pública nacional, dentro dos mesmos pressupostos: a cultura, cultura moçambicana. Mural do artista Kumalemo, na Casa Provincial de Cultura da Zambézia, merecendo a sua interpretação. Foto: AS A experiência mostra que os persistentes conflitos em África têm como uma das causas o tribalism

DESAFIO TOTAL DA STV vs OS VERDADEIROS PROCESSOS QUE A NOSSA MÚSICA PRECISA PARA DESENVOLVER - Parte II (Final)

Antes de deixar ficar os 7 pontos que a nossa música precisa para desenvolver. Permitam-me esclarecer que muitas vezes já apostei e acabei perdendo, mas desta vez, o povo moçambicano, particularmente aqueles que acompanharam o Desafio Total, foram justos ao votarem bem. E ao longo dos meses tive a fé que o voto seria justo, e concretizou-se. Já não tenho duvidas da nossa capacidade de saber o que é bom ou melhor. Os Vencedores da 1ª Edição de Programa Desafio Total da STV. Foto: STV Me nutrindo de tudo isso, da vontade de ver a nossa música em bons e melhores passos,   deu-me a extrema força de diluir as minhas proteínas culturais em respeito profundo à nossa própria cultura. Não sei se serei feliz nas minhas ideias, mas deixem-me expor esta salada. Nos lembramos que a agricultura, não é equivalente a música, mas deve ficar claro que o valor e o processo é idêntico, e todas experiências são válidas para a sua produção. Daí que proponho os próximos sete (7) pontos para o p

DESAFIO TOTAL DA STV Vs OS VERDADEIROS PROCESSOS QUE A NOSSA MÚSICA PRECISA PARA DESENVOLVER - Parte I

Acompanhei o principio primeiro do programa que termina no próximo Sábado, e consegui compreender a qualidade de vozes que por ali desfilaram. Está de Parabéns a STV e a Equipe de Produção deste programa, aos jurados e ao povo moçambicano que depositou os seus votos em vários momentos. Porque realmente quem sairá ganhar é a nossa cultura, a nosso diversificado mosaico cultural, particularmente a nossa peculiar música. Não interessa quem realmente venha a ganhar porque as experiências anteriores nos faz acreditar que os que melhor cantam nem sempre ganham o concurso, vencem pois, aqueles que tem mais ´´parcerias inteligentes´´ e conexões para angariação de mais fotos. Diz o músico Camal Meragy que ´´os vencedores são estes todos que vão a final porque tem futuro´´ - Concordo consigo meu ´´mambo´´. Os Concorrentes na Semi-Final de Desafio Total da STV. Fonte: STV Muitas vezes já apostei e acabei perdendo, mas eu sei que o meu povo vai ser justo desta vez. Espero ou por outra, t

NOVA MÚSICA DE AMOSTRA SOBRINHO - MIÚDA, OIÇA BEM

Para agradecer aos meus humildes fãs,  admiradores e simpatizantes da minha vida musical....tanto pediram que acabei cedendo pois que eles merecem tudo de bom das historias da nossa música. Intérprete:   Amostra Sobrinho Titulo:  Miúda, Oiça Bem Ano:  2012 Formato:  Mp3 Género:  Passada Clique aqui: http://www17.zippyshare.com/v/84333170/file.html ou ainda:   http://www.mediafire.com/?pvuib79gbfqtk44   Festas Felizes

MAFENDE MANDIO MENTIROSO: UM DOS DECANOS DA MÚSICA MOÇAMBICANA, HOMENAGEADO PELO PRESIDENTE ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA NO VII FESTIVAL NACIONAL DE CULTURA

Fica marcado mais do que nunca, o papel que este ícone teve e continua a ter na sua careira artistico-musical. Está registado na nossa cachimónia, a belissima cerimónia única e indelével que contou com a presença do Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, onde foram homenageados os decanos da musica mocambicana. Permitam-me hoje, deixar na vossa memória a história da vida artística de uma das vozes mais citilantes da nossa música, a música moçambicana. Actuacao de Mafende Mentiroso na Fase Provincial do VII FNC - Zambezia Mafende Mandio Mentiroso , nasceu no povoado de Quarteira em Cutinhingule, Distrito de Namacurra, província da Zambézia, aos 04 de Novembro de 1923, filho de Mandio Mentiroso e de Enganaça Nicua. Nasceu sem problemas de saúde que hoje tem. E já na adolescência, concretamente aos 15 anos, começou a sofrer de cegueira, devido a uma doença de visão que ele contraiu de repente, causando-lhe feridas nos dois olhos, tendo  levado muito tempo no seu

Banda Musical Tudúlos PEGADAS MUSICAIS DO ‘VENENO’ DA ZAMBÉZIA

Quando em 2004 voltei a terra para continuar a beber a nossa cultura musical da àgua de ‘’inlanha’’ ou de coco, me deparei com uma banda em emergência, estranhamente, com indumentárias similares aos Djaakas, Nyacha’s, Nfiti’s, que visualizei na Cidade da Beira. Permitam-me compartilhar aqui a História desta Banda que transforma e confirma Zambézia, como o mosaico cultural-musical incontornavel desde os anos passados. Imagem Oficial da banda. Foto: Bindarte Tudulos, em ligua Chuabo significa literalmente: fase de crescimento de pequenas plantas; rebento de uma semente ou peixe venenoso. Esta banda, representada hoje pelos artistas: Fidel Alberto Mussa, Janota José Manuel, Aldade Mário João, Gil Mário José, Joel António Amaral, Silvestre Assura Silvestre, Junta David Manuessa, mais tarde, é convidada fazer parte a Gilda António Bangueiro (Vencedora de uma das edições do programa televisivo ‘’Fama Show’’) e Nelson João Pereira.