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AUSÊNCIA DA AUTENTICIDADE DA MÚSICA NHAMBARO (?)

A   Dança   e ou   Música Nhambaro , como tal é originária e executada entre o povo   Chuabo , e é um ritmo de conteúdo e significados profundos, praticada numa vasta zona sul da Zambézia que compreende os distritos de Quelimane, Namacurra, Mopeia, Morrumbala, Chinde, e uma pequena parte geográfica do distrito de Mocuba. Desde dos tempos remotos, descrevem os praticantes de que   Nhambaro   foi uma dança ritual, dentro das cerimónias baseadas nos ritos de iniciação feminina. Mas a   Música Nhambalo   como tal encontra-se longe desta realidade devido a fraca relação que tem com o tecido social que executa a dança; e no processo de implementação e execução dos instrumentos usados na dança para a música.   A   Dança Nhambaro   é rítmica, ela caracteriza-se basicamente por ser uma dança contagiante e alegre. A Kayo Omachi (2010:s/p) assegura de que essencialmente é executada por mulheres e tradicionalmente dançada em círculo, deslocando-se dois elementos de cada vês num vai e v

CHUABO FASHION DAY: Fruto do valor da Cultura e dos Intangíveis

Não sou especialista de moda, e nem participei em cursos do genero, mas a razão do saber ser, estar e fazer na cultura, submete-me a estes pensamentos lunáticos. E convido ao querido amigo a viajar comigo neste infinito de ideias para o desenvolvimento de estilos de vida de um entusiasta cultural do qual a Kuvona Produções influenciou. Sabemos que os intangíveis, os atributos culturais, distinguem, qualificam, adicionam valor. Mas ainda não temos a real dimensão de que estamos entrando em uma era da centralidade do intangível. I déias, valores, conhecimento, imagem, diversidade, originalidade, serão atributos chave no futuro e isso significa que cultura passa a ser cada vez mais valorizada e estratégica. Mas, ainda vivemos uma paradoxo: por um lado as mensagens, como na publicid a de, expressam idéias, valores, atributos, conceitos - exemplo disso são os eixos das campanhas das empresas de telefonia móvel de Moçambique. Por outro lado

NYAMBALO OU NHAMBARO: A DANÇA DO POVO CHUABO - COMO SURGIU?

Uma Tamborista tocando Mussoso um dos instrumentos de Nyambalo Esta dança é originaria e executada entre o povo Chuabo , nyambalo é uma dança de conteúdo e significados profundos, praticada numa vasta zona sul da Zambézia que compreende os distritos de Quelimane, Namacurra, Mopeia, Morrumbala, Chinde, e uma pequena parte geográfica do distrito de Mocuba. Desde dos tempos remotos, descrevem os praticantes de que Nyambalo foi uma dança ritual, dentro das cerimónias baseadas nos ritos de iniciação feminina.  Ainda que na actualidade seja fraca a realização das cerimónias de iniciação feminina, conseguiu – se  conservar ate nos nossos dias, algumas bases rítmicas. Segundo o trabalho de pesquisa da Casa Provincial de Cultura – Zambézia, coordenado pela Kayo Omachi (2010:s/p) descreve que um dos rituais designado ‘’... Othithia que acompanha este ritual, era realizada em casa dos pais da rapariga, ela era dirigida por uma curandeira. Esta, era preparada para a vida con

COMO ENCONTRAR HERÓIS NA GERAÇÃO DE VIRAGEM?

Não sei se na verdade este seria o titulo adequado para este texto, mas porque muitas vezes a natureza das opiniões é de não convergirem, então assim será.  OJM - Zambezia, na Planificacao conjunta em Morrumbala  Um locutor da Rádio Quelimane FM, me convida a um debate do qual o tema era sobre o Heroísmo, Heroícidade…estas cenas de Herói que muito se fala por aí quando aproximam as datas que marcam a História de Moçambique. Ao longo do debate fez uma pergunta: Como encontrar Heróis na Geração de Viragem… ?? Reparei ao céu, fiquei instantaneamente no silencio, com dúvidas inormes sobre a intenção daquele locutor. Mas por pertencer a dita geração me fez sentir bem, confortado e seguro. Não quero aqui pensar sozinho, a reflexão é conjunta, mas deixe-me pensar de forma inocente e individual. E o que escrevo neste texto foi exactamente o que deixei ficar aos painelistas e ouvintes. Não me sai da cachimonia de que teremos heróis nesta geração embora o nosso inimigo a ‘’pob

CULTURA NA DIMENSÃO LUCRATIVA E INTANGÍVEL

Uma pergunta, muitas vezes sem resposta clara para os que se dão com elementos económicos, pois não vem o poder de cultura no processo de desenvolvimento económico.   Não sou economista, mas muitas vezes me relaciono com elementos económicos devido a cultura. Já lá vão os tempos em que a cultura era vista como puro e simples conjuntos de hábitos e costumes de um determinado povo. E hoje, ainda continua o desconhecimento da dimensão da cultura, ou ainda reduzem-na em simples dança, música, teatro, artes plásticas, literatura, etc, etc…. Com esta posição explicativa não quero esvaziar os conhecimentos que existem sobre esta matéria, mas sim trazer uma opinião acrescida, sobre as dimensões da cultura no desenvolvimento, desta forma proponho duas dimensões: dimensão lucrativa e dimensão intangível da cultura. Fazendo uma visão geral da dimensão lucrativa podemos referir que esta se assenta basicamente nas Indústrias Culturais e Criativas uma área que precisará ao longo d

VEDEGHU – VEDEGHU : Titulo de uma música polémica na Zambézia

 Amostra Sobrinho - Ao Vivo, Cantando Vedeghu-Vedeghu  Quando em finais de 2009 entrei nos estúdios para gravar o meu primeiro trabalho musical a solo (o album), dentre as 10 músicas produzidas, fiz uma composição inédita e estranha, intitulada ARAPACE A DHABUNO em lingua Chuabo, que em Português significa ‘’Jovens de Hoje’’, do qual amantes da música zambeziana intitulam-a de VEDEGHU-VEDEGHU que literalmente em Português não encontrei uma forma suave de dizer, e porque na verdade tudo indica que não era isso que eu queria dizer, mas sim VELEHO – VELEHO que significa ‘’abanar as nádegas’’. Para além disso o VEDEGHU-VEDEGHU é um simples verso de 14 letras do refrão. Porque uma música inédita e estranha….? É inédita porque ao fazer a composição acabei escrevendo e cantando o que na verdade não devia éticamente, mas porque era uma música com menos interesse no que toca a promoção, somente prestei atenção quando os conhecedores da lingua Echwuabo começaram a comentar do refrão da mú